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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Biomecânica do Ciclismo

A biomecânica, como o nome mesmo diz, representa o estudo da mecânica dos tecidos biológicos, ou seja, seu objecto de pesquisa é o corpo e suas relações com a física. Dentro da biomecânica podemos observar diversas subáreas, que vão desde a reabilitação de um indivíduo que sofreu algum tipo de lesão, até mesmo a construção de próteses para deficientes físicos, até o posicionamento perfeito de um ciclista que procura ganhar milésimos de segundo numa prova de pista.



Aqui encontramos uma ciclista posicionada sobre a bike demarcada com pontos que representam as articulações, as linhas traçadas facilitam a identificação da velocidade angular e dos ângulos que podem ser usadas em analises cinemáticas da técnica de pedalada.


No caso do ciclismo, a biomecânica está presente em muitos pontos, como posicionamento sobre a bike, sobrecargas articulares, técnica de pedalada, lesões no ciclismo, treino resistido e também os equipamentos. Portanto a biomecânica está intimamente ligada ai ciclismo, sendo factor crucial para o rendimento do atleta.

Falando um pouco de posicionamento, diversas estratégias são usadas para avaliar qual o melhor posicionamento do ciclistas sobre a bicicleta. Entre elas estão a eletromiográfica (que consiste no monitoramento da activação muscular usando sensores geralmente instalados na superfície da pele) onde o sinal gerado é tratado e resultam em gráficos que demonstram o quanto o músculo ficou activo, tanto em tempo, quanto em intensidade. Outro parâmetro bem usado é o consumo de oxigénio, com o pensamento simplista que diz que quanto maior o gasto energético para os exercícios em uma mesma intensidade, menos eficiente é o movimento, portanto o posicionamento deve ser melhorado. Em outros estudos, modelos antropométricos são usados, ou mesmo valores são estimados, a partir de cálculos teóricos. Tudo isso procurando o melhor desempenho possível.


Nessa imagem podemos ver como se faz a medida do tubo horizontal (top tube), que nos caso onde a geometria do quadro possui o formato slop, onde o top tube é maior do que o seat tube, devemos corrigir essa variável deixando o fita métrica sempre paralela ao chão, nesse caso um pouco acima do ângulo formado entre o top tube e o seat tube.


Há variáveis que o ciclista pode encontrar. Para começar vamos falar do quadro, que é a estrutura da bicicleta As duas principais medidas do quadro consistem no top tube (tubo horizontal) e no seat tube (tubo do selim), que nas bicicletas de estrada são dados em centímetros, e nas bicicletas de MTB em polegadas. As médias antropométricas são intimamente ligadas a esses valores, estando associadas a eles o tamanho das pernas, tronco e braços, além de outros pontos como flexibilidade, capacidade de força, cadência habitual, entre outros. Outra medida muito importante é o ângulo existente entre o top tube e o seat tube, que varia principalmente entre 73 e 78graus, sendo que quanto menor o ângulo, maior o conforto, excelente para provas de longa duração, e quando maior, mais potência é gerada, porém é mais desconfortável, excelente para prova de duração menores, como contra-relógio. No caso do MTB, esse ângulo também varia bastante, porém tirar a medida torna-se um pouco mais complicado pela variedade de modelos de quadros existentes.


Aqui a medida do ângulo entre o top tube e seat tube, no caso a medida foi de 75 graus, nesse caso pelo quadro ser slop também devemos corrigir, deixado a ponta superior do goniómetro (ferramenta usada para medir o anglo) paralelo ao chão.


Quanto ao tamanho das pedaleiras, os mais usados são os de 170mm, 172.5mm e 175mm, porém existem outros tamanhos mais presentes nas bicicletas de pista, chegando até 180mm. Essas medidas dependem do tamanho das pernas, da capacidade de força e também da cadência aplicada pelo ciclista.

Outros pontos são de extrema importância para a determinação do posicionamento do ciclistas sobre a bike, e por isso a realização de uma sessão de ergonomia é essencial para a prática do ciclismo sem riscos de lesões e também levando ao maior rendimento e conforto. Andar em uma bicicleta perfeitamente ajustada para o ciclista é algo incomparável, e diversos atletas profissionais e amadores comprovam essa afirmação.

http://www.ciclismobr.com.br