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segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
IV Passeio BTT Torre de Vale de Todos/Ansião
O IV Passeio BTT da Torre é um evento inserido na Feira Anual da Torre a realizar dia 20 de Setembro 2009, organizado pela Associação Cultural e Recreativa de Torre V. Todos, conta com o apoio dos Ansibikers e Junta de Freguesia de Torre V. Todos.
Concentração: Torre de Vale de Todos, junto à Associação pelas 8:30
Partida: 9:30
Inscrição: 6 torres c/almoço e reforço
Distância: aproximadamente 30 km, dificuldade media.
Inscrições: Envia "nome, data nascimento, localidade ou equipa" para norma@iol.pt
Informações: 919176887 / 914 858 056
Nota: Passeio informal, convívio. Pagamento no dia da prova. A organização esta a ponderar a hipótese de incluir banhos, brindes e seguro de prova (o que será comunicado no próprio dia). Na inexistência de seguro a organização não se responsabiliza por qualquer acidente durante o percurso do passeio.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Domingo 23.08.2009
Oh yeah...
É um facto incontornável... o Team BTT Rolando está de novo a rularrrrr por essas estradas, trilhos, pedras e matos fora...
Pois é...
Neste Domingo é que foi. O "hot spot" era a guarda de Pedrianes, algures aí...
Não éramos muitos, apenas os suficientes para curtir um magnifico dia de BTT. Lá fomos: eu (Augustus), o To-Zé e o Miguel...
Esta volta teria sido IMPACÁVEL se o Miguel após os 40 km, não tivesse inventado um dor no joelho. Tal dor estragou-nos por completo a média... mas pronto... não íamos deixar um amigo para trás.
"Calma pah... vão mais devagar..." by Miguel
Abraço a todos
É um facto incontornável... o Team BTT Rolando está de novo a rularrrrr por essas estradas, trilhos, pedras e matos fora...
Pois é...
Neste Domingo é que foi. O "hot spot" era a guarda de Pedrianes, algures aí...
Não éramos muitos, apenas os suficientes para curtir um magnifico dia de BTT. Lá fomos: eu (Augustus), o To-Zé e o Miguel...
- saímos de Pedrianes rumo ao Pilado
- encontrámos uns caminhos das 3h dos trilhos do liz e siga, sempre de gás, a subir e a descer...
- já nos Moínhos pedalámos até á Vieira, depois praia...
- ALTO... pit stop... o Miguel precisava de açucar... "Oh faxavor... sai um café e uma bola de berlim"... Mai nada...
- Depois da praia da Vieira, ciclovia até S. Pedro de Moel.
- Em S. Pedro curtimos uns single tracks
- Por entre mato, terra, caruma, sei lá mais o quê... lá regressámos sãos (eu e o To-Zé) e o Miguel a salvo ao inicio.
Esta volta teria sido IMPACÁVEL se o Miguel após os 40 km, não tivesse inventado um dor no joelho. Tal dor estragou-nos por completo a média... mas pronto... não íamos deixar um amigo para trás.
"Calma pah... vão mais devagar..." by Miguel
Abraço a todos
Roubada no Luso
Foi Roubada no Luso na madrugada de Sábado dia 22 de Agosto em frente ao Hotel Éden uma bicicleta de marca Cannondale modelo F3 igual foto acima.
Características:
Cor Azul com detalhes brancos
Rodas Fulcrun – Redmetal 5
Equipada totalmente com XT
Guiador em Carbono marca BBB
Travões disco Avid 3.5
Oferece recompensa
Contactos:
GNR Mealhada / Gustavo: 91 460 73 57
Características:
Cor Azul com detalhes brancos
Rodas Fulcrun – Redmetal 5
Equipada totalmente com XT
Guiador em Carbono marca BBB
Travões disco Avid 3.5
Oferece recompensa
Contactos:
GNR Mealhada / Gustavo: 91 460 73 57
sábado, 22 de agosto de 2009
I Raid BTTralhos – Na Rota dos Moinhos
Amigos o BTTralhos vem desta forma convidar todos os "corajosos" para um dia de muitas emoções.
Ao contrário das edições anteriores este ano reformulamos o passeio anual apoiado pela JF. de Vermoil a par da anual feira do Bodo das Castanhas em Vermoil.
Este ano ao revés do passeio teremos um Raid de cerca de 45Km e um Mini Raide (Sem Classificação) de 25Km por trilhos e caminhos rurais da região.
Convívio, dureza e emoção serão as palavras de ordem.
Dados:
Data: 25 Outubro 2009
Local: Vermoil - Pombal
Distância: Raid - 45Km (sensívelmente) - Mini Raid 25Km (Sensivelmente)
Acumulado: (Brevemente)
Dificuldade Física: 4 (Raid) e 3 (Mini Raid) Dificuldade Técnica: 3+ (Ambos)
Preço: 13€ c/ almoço nas tasquinhas (ESCOLHIDO À LISTA) e 7€ sem almoço.
Oferecemos:
Taças para os 3 primeiros classificados do RAID - Masculinos e Femininos Taça para a maior equipa T'Shirt
2 Reforços, um sólido + líquido, outro apenas líquido.
Seguro de RESPONSABILIDADE CIVIL
Poderão lavar as bikes no fim
Banhos quentes
Ah, e um valente empeno!
As inscrições poderão ser feitas no dia ou através do site http://www.bttralhos.com/i-raid-bttralhos-na-rota-dos-moinhos-vermoil-pombal-25-outubro-2009/
A partida será dada às 9:00 , a concentração será no campo de Futebol de Vermoil, bem como o secretariado, banhos e limpeza das bikes.
Secretariado vai estar aberto a partir das 7:30 para levantamento de dorsais e inscrição.
P.S. Dúvidas ou questões através de bttralhos@gmail.com , fotos e gráficos brevemente.
Não tenham medo, coloquem já na agenda....o trajecto é brutal!
Como Chegar a Vermoil:
Vermoil pertence ao concelho de Pombal e fica a cerca de 10Km desta cidade e 25Km de Leiria.
Para quem venha do Norte o ideal será vir pela A1 e sair em Pombal. Depois seguem a IC2 para Sul e logo à saída de Pombal têm várias placas sinalizadoras a indicar Vermoil para o lado esquerdo. Basta seguir as mesmas.
Para quem venho do Sul o melhor será sair em Leiria vindo pela A1 ou A8, apanham em Leiria a IC2 direcção Norte e após 10Km vão avistar inúmeras placas à direita para Vermoil. Basta seguir as placas.
Ao contrário das edições anteriores este ano reformulamos o passeio anual apoiado pela JF. de Vermoil a par da anual feira do Bodo das Castanhas em Vermoil.
Este ano ao revés do passeio teremos um Raid de cerca de 45Km e um Mini Raide (Sem Classificação) de 25Km por trilhos e caminhos rurais da região.
Convívio, dureza e emoção serão as palavras de ordem.
Dados:
Data: 25 Outubro 2009
Local: Vermoil - Pombal
Distância: Raid - 45Km (sensívelmente) - Mini Raid 25Km (Sensivelmente)
Acumulado: (Brevemente)
Dificuldade Física: 4 (Raid) e 3 (Mini Raid) Dificuldade Técnica: 3+ (Ambos)
Preço: 13€ c/ almoço nas tasquinhas (ESCOLHIDO À LISTA) e 7€ sem almoço.
Oferecemos:
Taças para os 3 primeiros classificados do RAID - Masculinos e Femininos Taça para a maior equipa T'Shirt
2 Reforços, um sólido + líquido, outro apenas líquido.
Seguro de RESPONSABILIDADE CIVIL
Poderão lavar as bikes no fim
Banhos quentes
Ah, e um valente empeno!
As inscrições poderão ser feitas no dia ou através do site http://www.bttralhos.com/i-raid-bttralhos-na-rota-dos-moinhos-vermoil-pombal-25-outubro-2009/
A partida será dada às 9:00 , a concentração será no campo de Futebol de Vermoil, bem como o secretariado, banhos e limpeza das bikes.
Secretariado vai estar aberto a partir das 7:30 para levantamento de dorsais e inscrição.
P.S. Dúvidas ou questões através de bttralhos@gmail.com , fotos e gráficos brevemente.
Não tenham medo, coloquem já na agenda....o trajecto é brutal!
Como Chegar a Vermoil:
Vermoil pertence ao concelho de Pombal e fica a cerca de 10Km desta cidade e 25Km de Leiria.
Para quem venha do Norte o ideal será vir pela A1 e sair em Pombal. Depois seguem a IC2 para Sul e logo à saída de Pombal têm várias placas sinalizadoras a indicar Vermoil para o lado esquerdo. Basta seguir as mesmas.
Para quem venho do Sul o melhor será sair em Leiria vindo pela A1 ou A8, apanham em Leiria a IC2 direcção Norte e após 10Km vão avistar inúmeras placas à direita para Vermoil. Basta seguir as placas.
Transrockies 09 – João Marinho & José Silva
"Depois da prova e regresso à vida real
Olá a todos,
Por muito que nos custe temos de regressar à vida real, ao trabalho e à engenharia. Hoje já estivemos no escritório a (tentar) organizar o muito trabalho que se acumulou. A limpeza foi geral, durante estes últimos dias o nosso pensamento foi canalizado para o Transrockies mas agora à que fazer a mudança e que mudança.
Apesar de não enviar os relatos da etapa 6 e 7 vocês já têm uma pequena ideia do que se passou por outras ‘’fontes’’.
Etapa 6
Finalmente ao fim de 6 dias conseguimos uma vitoria na categoria Open Men significando isto que chegamos primeiro que a equipa de fábrica da Rocky Mountain! Esta dura etapa de quase 100km entre Elkford e Blairmore foi marcada pela chuva forte e pelo frio mas que no final acabamos com um grande sorriso no rosto. Estamos ambos de parabéns por nos termos superado, por irmos além das nossas capacidades e de deixarmos tudo o que tínhamos nos trilhos. Não havia mais nada no ‘’depósito’’ quando cortamos a meta.
A ida ao pódio foi arrepiante. Assim que chamaram pelo Team Amarante Bike Zone – ONBIKE, todos os que estavam a assistir levantaram-se e bateram palmas durante vários segundos. Tal momento tinha de ser celebrado com a bandeira nacional nos braços.
Now you and your team are Internacional famous, foram as palavras que ouvimos de variadíssimas pessoas. Toda a gente nos dá os parabéns e nos acarinha. Talvez por saberem que estávamos na prova com as ‘’condições mínimas’’, que nos estávamos a divertir à grande e que estávamos a ter resultados extraordinários. Pode parecer estranho, mas os nossos adversários da RMB partilhavam a nossa felicidade e desejavam que estes resultados pudessem abrir novas portas a nível de apoios. Assim esperamos…
Etapa 7
A última etapa é a da consagração de todos os atletas que superam a dureza ao longo das Rocky Mountains. A edição 8 do Transrockies foi talvez a mais dura de sempre por causa das condições meteorológicas que acrescentaram ainda mais dureza à prova.
Toda a gente quer brilhar e nós fizemos por isso, mas um furo a menos de 15km da meta tramou-nos a vida. Não foi por isso que nos estragou a festa, mas seria bom pelo menos uma chegada conjunta com a equipa da RMB.
A meta montada na avenida principal de Fernie atraiu centenas de espectadores que aplaudiram a chegada dos atletas que completavam talvez a prova de BTT mais dura da história.
O tempo era de celebrar, por isso havia que empacotar toda a nossa logística, tomar banho e dirigirmo-nos à cerimónia de encerramento para jantar e festejar noite dentro.
O nosso resultado foi um misto de surpresa e de recompensa, não só pelos últimos meses de treino, onde abdicamos de muita coisa para estarmos em forma durante esta semana, mas também pelos últimos anos dedicados à competição em especial a este tipo de provas.
Sabíamos desde o inicio que poderíamos obter uma boa classificação porque a prova conciliava a dureza com a técnica, dois pontos que pendiam a nosso favor. Assim que agarramos o segundo lugar, não mais o largamos. Ainda sonhamos mais alto, mas estávamos a competir com atletas altamente qualificados e experientes nestas andanças e que são profissionais. Este resultado torna-se ainda mais regozijante para nós e para todos os que acreditavam nas nossas capacidades.
O especial agradecimento vai para o Município de Amarante, para o Dr. Hélder Ferreira. Todas as palavras que nós lhe dedicarmos serão insuficientes para demonstrar a gratidão e o orgulho na nossa cidade natal. Sem este apoio nada disto seria possível, o sonho foi possível graças ao seu empenho e que agora retribuímos e tornamos assim Amarante conhecida mundialmente. O agradecimento estende-se à Associação Desportiva de Amarante que nos continua a apoiar e se orgulha do nos ter como atletas, este êxito é também vosso.
Como diz um celebre escritor:Quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que você realize o seu desejo…
Classificação Final
1º - Rocky Mtn Factory Team - Stefan Widmer & Marty Lazarski - 29:01:02
2º - Team Amarante Bike Zone - Onbike - João Marinho & José Silva - 30:15:15
3º - visitPA.com - Ray Adams & Ryan Leech - 32:37:02
PS: A próxima aventura já está na forja, haja apoios agora!!
PS 2 : Podem acompanhar toda a aventura
em :http://www.forumbtt.net/index.php/topic,62891.0.html
João Marinho & José Silva
Um abraço a todos os vocês!"
Olá a todos,
Por muito que nos custe temos de regressar à vida real, ao trabalho e à engenharia. Hoje já estivemos no escritório a (tentar) organizar o muito trabalho que se acumulou. A limpeza foi geral, durante estes últimos dias o nosso pensamento foi canalizado para o Transrockies mas agora à que fazer a mudança e que mudança.
Apesar de não enviar os relatos da etapa 6 e 7 vocês já têm uma pequena ideia do que se passou por outras ‘’fontes’’.
Etapa 6
Finalmente ao fim de 6 dias conseguimos uma vitoria na categoria Open Men significando isto que chegamos primeiro que a equipa de fábrica da Rocky Mountain! Esta dura etapa de quase 100km entre Elkford e Blairmore foi marcada pela chuva forte e pelo frio mas que no final acabamos com um grande sorriso no rosto. Estamos ambos de parabéns por nos termos superado, por irmos além das nossas capacidades e de deixarmos tudo o que tínhamos nos trilhos. Não havia mais nada no ‘’depósito’’ quando cortamos a meta.
A ida ao pódio foi arrepiante. Assim que chamaram pelo Team Amarante Bike Zone – ONBIKE, todos os que estavam a assistir levantaram-se e bateram palmas durante vários segundos. Tal momento tinha de ser celebrado com a bandeira nacional nos braços.
Now you and your team are Internacional famous, foram as palavras que ouvimos de variadíssimas pessoas. Toda a gente nos dá os parabéns e nos acarinha. Talvez por saberem que estávamos na prova com as ‘’condições mínimas’’, que nos estávamos a divertir à grande e que estávamos a ter resultados extraordinários. Pode parecer estranho, mas os nossos adversários da RMB partilhavam a nossa felicidade e desejavam que estes resultados pudessem abrir novas portas a nível de apoios. Assim esperamos…
Etapa 7
A última etapa é a da consagração de todos os atletas que superam a dureza ao longo das Rocky Mountains. A edição 8 do Transrockies foi talvez a mais dura de sempre por causa das condições meteorológicas que acrescentaram ainda mais dureza à prova.
Toda a gente quer brilhar e nós fizemos por isso, mas um furo a menos de 15km da meta tramou-nos a vida. Não foi por isso que nos estragou a festa, mas seria bom pelo menos uma chegada conjunta com a equipa da RMB.
A meta montada na avenida principal de Fernie atraiu centenas de espectadores que aplaudiram a chegada dos atletas que completavam talvez a prova de BTT mais dura da história.
O tempo era de celebrar, por isso havia que empacotar toda a nossa logística, tomar banho e dirigirmo-nos à cerimónia de encerramento para jantar e festejar noite dentro.
O nosso resultado foi um misto de surpresa e de recompensa, não só pelos últimos meses de treino, onde abdicamos de muita coisa para estarmos em forma durante esta semana, mas também pelos últimos anos dedicados à competição em especial a este tipo de provas.
Sabíamos desde o inicio que poderíamos obter uma boa classificação porque a prova conciliava a dureza com a técnica, dois pontos que pendiam a nosso favor. Assim que agarramos o segundo lugar, não mais o largamos. Ainda sonhamos mais alto, mas estávamos a competir com atletas altamente qualificados e experientes nestas andanças e que são profissionais. Este resultado torna-se ainda mais regozijante para nós e para todos os que acreditavam nas nossas capacidades.
O especial agradecimento vai para o Município de Amarante, para o Dr. Hélder Ferreira. Todas as palavras que nós lhe dedicarmos serão insuficientes para demonstrar a gratidão e o orgulho na nossa cidade natal. Sem este apoio nada disto seria possível, o sonho foi possível graças ao seu empenho e que agora retribuímos e tornamos assim Amarante conhecida mundialmente. O agradecimento estende-se à Associação Desportiva de Amarante que nos continua a apoiar e se orgulha do nos ter como atletas, este êxito é também vosso.
Como diz um celebre escritor:Quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que você realize o seu desejo…
Classificação Final
1º - Rocky Mtn Factory Team - Stefan Widmer & Marty Lazarski - 29:01:02
2º - Team Amarante Bike Zone - Onbike - João Marinho & José Silva - 30:15:15
3º - visitPA.com - Ray Adams & Ryan Leech - 32:37:02
PS: A próxima aventura já está na forja, haja apoios agora!!
PS 2 : Podem acompanhar toda a aventura
em :http://www.forumbtt.net/index.php/topic,62891.0.html
João Marinho & José Silva
Um abraço a todos os vocês!"
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Transrockies – João Marinho & José Silva – Dia 4
"Team Amarante Bike Zone ONBIKE
Nipita to Whiteswan
Distância: 107 km
Acumulado de Subidas: 1890m
Acumulado de Descidas: 1921m
Classificação: 2º - ::s
Hoje o passeio pelo quintal foram ‘’apenas’’ 107km para os 1890m de acumulado. Noutros locais isto aparentava ser uma etapa rolante, sem grandes preocupações. No Canadá a escala de dureza é outra, aqui até podem ser só 15km uma etapa mas podemos demorar 3h para os fazer. Nós não fazíamos a mais pequena ideia, tínhamos lido relatos, concelhos de amigos mas fazer isto é qualquer coisa de brutal, para homens (e mulheres) e máquinas. Nunca em Portugal fomos brindados com a dureza que aqui enfrentamos, por vezes a nossa vida corre mesmo risco e não estou a exagerar.
Querem saber mais, ninguém se queixa, ninguém diz que tiveram de carregar com as bikes durante kms, que gelaram os pés a passar o rio (a água aqui é mesmo gelada!!!), que tiveram de fazer trilhos com precipícios dos dois lados da roda, que a bike ficou enterrada na lama, até me esqueço do que já tivemos de ultrapassar!! Querem saber ainda mais?? Estamos a adorar cada segundo, vivemos a dureza, adoramos os trilhos, respiramos liberdade e distribuímos boa disposição indiscriminadamente.
Pois, a etapa…
O posicionamento inicial é muito importante porque aparecem singletracks de um momento para o outro e se não estivermos no grupo da frente, perde-se segundos preciosos. Os primeiros kms alternaram entre estradas florestais e trilhos ‘’hand made’’ na floresta.
Depressa se formou o grupo ‘’ do costume’’ – Team Amarante Bike Zone ONBIKE, Rocky Mountain Bicycles, e os Checos que ainda não bem o nome da equipa deles porque não são da nossa categoria. Uma coisa pouco normal nesta prova, estradões, e parecia que estávamos na primeira etapa…rolar a 50km\h em terreno ondulado e ainda a conversar….
O staff do primeiro abastecimento ficou de boca aberta porque além de sermos muito rápidos a lá chegar, nem sequer parámos!
Depois a história conta-se acerca do Zé, da bike e das pernas. Primeiro o travão traseiro começou a travá-lo. Tivemos que parar para ver o que é que se passava, (tentar) dar um jeito à coisa mas sem grande sucesso. Depois foram as velocidades que começaram as saltar e que não deixavam pedalar. Para acrescentar mais uma pitada, foram as pernas dele que começaram a não querer colaborar.
Nestas provas por equipa se um elemento está menos bem, o outro têm o dever de se manter com ele, incentivar, falar e empurrar se for necessário. Não adianta ‘’seguir viagem’’, é pensar sempre no ´´nós’’ em vez do ‘’eu’’. A dura subida do Bear Creek foi feita em sofrimento, só nos restava esperar que acabasse rápido.
As paisagens eram arrepiantes, pedalávamos pelo meio de cordilheira com imponentes picos rochosos e como ruído de fundo tínhamos o correr da água vinda da neve que derretia no topo das montanhas (e as velocidades que de vez enquanto saltavam J)
Antes mesmo de chegar ao topo, ainda fomos obrigados a desmontar durante umas centenas de metros, mas isto já nem merece muitos comentários, é ‘’tão natural como a sua sede’’.
Supostamente os restantes 55km após o final da subida, seriam sempre a descer. Até chegar ao 3º abastecimento, onde os sempre alegres Bazileiros estavam, foram a descer. Mas daí até à meta faltavam 30km, para se fazer numa estrada larga de terra batida, aliás, lama batida e com vento contra. Estamos entregues à nossa sorte, não havia nenhuma equipa para trabalhar em conjunto de forma a podermos descansar um pouco. O Zé estando mal, isto significa que não há descanso para mim e ‘’transportei-o’’ até à meta a morder a língua.
Quando estive na Costa Rica consegui ver uns crocodilos (não é Aldo?? aliás, Holandês Voador J ), depois nos Alpes não tivemos a sorte, assim como em África do Sul com a observação de vida selvagem em directo. Ursos, estávamos no terreno deles e queríamos mesmo ver pelo menos um. Três, vimos três Grisley, a mãe e três filhotes a atravessar a estrada à nossa frente e felizmente a correr para o bosque.
Estávamos numa ‘’Endless road’’, os kms passavam e nunca mais chegava a meta, não havia descanso porque certamente quem viesse na nossa perseguição vinha em grupo e estava a ganhar tempo.
Nos últimos 3km e quando a estrada serpenteou a serra e deu para ‘’controlar’’ quem nos perseguia, vimos 3equipas a dar tudo para nos apanhar. Não podíamos morrer na praia, há que dar tudo também, tínhamos de garantir a 2ª posição na etapa.
Quando cortamos a meta em Whiteswan, quase se foi ao sprint, mas garantimos o lugar. Na cara do Zé estava estampado sofrimento, mais tarde confessou-me que lhe vieram as lágrimas aos olhos de tantas dores…valeu a pena amigo!!!
Apesar de estarmos cansados não havia tempo para grande descanso. Comemos uma frutinha na chegada, fomos logo de seguida lavar as bikes, aproveitamos para lavar logo as sapatilhas porque iam ser necessárias no dia seguinte. Depois há que levar os sacos para a tenda (pesados que se fartam), beber o recuperador, tomar banho e descansar 5min. Depois lavar a roupa e procurar um sitio para a estender. Neste campo havia muitas soluções, desde estar no chão até pendurada nas árvores ou até mesmo nem a lavar e usa-la amanhã! O cansaço é tanto que esta solução compreende-se. Optamos por a colocar no estendal montado pelo Crazy Lary (vejam a foto), felizmente que deu uns raios de sol ao final do dia porque durante a quase toda a etapa foi sempre a chover. Entretanto o Zé foi descansar, porque não aguentava das pernas enquanto eu limpei, lubrifiquei e afinei as duas bikes. No final disto as pernas até tremiam de tanto estar de pé.
Ainda consegui arranjar uns minutos para a bicicleta do João César que também precisou de uma ‘’atenção’’. Ele merecia, o Team Arruda estava de parabéns, tinham terminado em 5º na categoria de 80+ (soma das idades dar mais de 80 anos). Como se diz por cá…So far so good…Parabéns AMIGOS!
A caravana parou no meio do nada, numa clareira com uma vista privilegiada para o Gordan Peak e para o magistral Lago do Cisne Branco (Whiteswan). Que lugar mágico e belo!
Em provas deste calibre exige uma redobrada (aliás triplicada) atenção na escolha de roupa. Há quem opte por levar 7 mudas de roupa para ter sempre uma preparada todos os dias. A lista vai desde os tradicionais calções e Jersey aos manguitos, pernitos, impermeável, casaco térmico, calças…tudo o que possam imaginar aqui poderá ser necessário. Nisto o precioso apoio da ONDABIKE foi essencial para enfrentarmos a dureza da prova e espalharmos a impressão de Pro Riders. Infelizmente não o somos, mas frequentemente temos que dizer isso quer atletas quer aos espectadores e staff. NÃO SOMOS PRÓS, MAS ANDAMOS COMO TAL J (Como dizem o pessoal da RMB)
A etapa de amanhã levamos de Whiteswan a Elkford num total de 87.5km e 2254m de acumulado de subidas. Elkford -"Wilderness capital of British Columbia", fundada por mineiros que exploravam (e exploram) o carvão. Finalmente vamos ver civilização, upiiiiii J
PS: Estou a escrever este relato de ontem quando já terminei a etapa de hoje. Vocês preparem-se porque vem aí coisas bombásticas!"
Nipita to Whiteswan
Distância: 107 km
Acumulado de Subidas: 1890m
Acumulado de Descidas: 1921m
Classificação: 2º - ::s
Hoje o passeio pelo quintal foram ‘’apenas’’ 107km para os 1890m de acumulado. Noutros locais isto aparentava ser uma etapa rolante, sem grandes preocupações. No Canadá a escala de dureza é outra, aqui até podem ser só 15km uma etapa mas podemos demorar 3h para os fazer. Nós não fazíamos a mais pequena ideia, tínhamos lido relatos, concelhos de amigos mas fazer isto é qualquer coisa de brutal, para homens (e mulheres) e máquinas. Nunca em Portugal fomos brindados com a dureza que aqui enfrentamos, por vezes a nossa vida corre mesmo risco e não estou a exagerar.
Querem saber mais, ninguém se queixa, ninguém diz que tiveram de carregar com as bikes durante kms, que gelaram os pés a passar o rio (a água aqui é mesmo gelada!!!), que tiveram de fazer trilhos com precipícios dos dois lados da roda, que a bike ficou enterrada na lama, até me esqueço do que já tivemos de ultrapassar!! Querem saber ainda mais?? Estamos a adorar cada segundo, vivemos a dureza, adoramos os trilhos, respiramos liberdade e distribuímos boa disposição indiscriminadamente.
Pois, a etapa…
O posicionamento inicial é muito importante porque aparecem singletracks de um momento para o outro e se não estivermos no grupo da frente, perde-se segundos preciosos. Os primeiros kms alternaram entre estradas florestais e trilhos ‘’hand made’’ na floresta.
Depressa se formou o grupo ‘’ do costume’’ – Team Amarante Bike Zone ONBIKE, Rocky Mountain Bicycles, e os Checos que ainda não bem o nome da equipa deles porque não são da nossa categoria. Uma coisa pouco normal nesta prova, estradões, e parecia que estávamos na primeira etapa…rolar a 50km\h em terreno ondulado e ainda a conversar….
O staff do primeiro abastecimento ficou de boca aberta porque além de sermos muito rápidos a lá chegar, nem sequer parámos!
Depois a história conta-se acerca do Zé, da bike e das pernas. Primeiro o travão traseiro começou a travá-lo. Tivemos que parar para ver o que é que se passava, (tentar) dar um jeito à coisa mas sem grande sucesso. Depois foram as velocidades que começaram as saltar e que não deixavam pedalar. Para acrescentar mais uma pitada, foram as pernas dele que começaram a não querer colaborar.
Nestas provas por equipa se um elemento está menos bem, o outro têm o dever de se manter com ele, incentivar, falar e empurrar se for necessário. Não adianta ‘’seguir viagem’’, é pensar sempre no ´´nós’’ em vez do ‘’eu’’. A dura subida do Bear Creek foi feita em sofrimento, só nos restava esperar que acabasse rápido.
As paisagens eram arrepiantes, pedalávamos pelo meio de cordilheira com imponentes picos rochosos e como ruído de fundo tínhamos o correr da água vinda da neve que derretia no topo das montanhas (e as velocidades que de vez enquanto saltavam J)
Antes mesmo de chegar ao topo, ainda fomos obrigados a desmontar durante umas centenas de metros, mas isto já nem merece muitos comentários, é ‘’tão natural como a sua sede’’.
Supostamente os restantes 55km após o final da subida, seriam sempre a descer. Até chegar ao 3º abastecimento, onde os sempre alegres Bazileiros estavam, foram a descer. Mas daí até à meta faltavam 30km, para se fazer numa estrada larga de terra batida, aliás, lama batida e com vento contra. Estamos entregues à nossa sorte, não havia nenhuma equipa para trabalhar em conjunto de forma a podermos descansar um pouco. O Zé estando mal, isto significa que não há descanso para mim e ‘’transportei-o’’ até à meta a morder a língua.
Quando estive na Costa Rica consegui ver uns crocodilos (não é Aldo?? aliás, Holandês Voador J ), depois nos Alpes não tivemos a sorte, assim como em África do Sul com a observação de vida selvagem em directo. Ursos, estávamos no terreno deles e queríamos mesmo ver pelo menos um. Três, vimos três Grisley, a mãe e três filhotes a atravessar a estrada à nossa frente e felizmente a correr para o bosque.
Estávamos numa ‘’Endless road’’, os kms passavam e nunca mais chegava a meta, não havia descanso porque certamente quem viesse na nossa perseguição vinha em grupo e estava a ganhar tempo.
Nos últimos 3km e quando a estrada serpenteou a serra e deu para ‘’controlar’’ quem nos perseguia, vimos 3equipas a dar tudo para nos apanhar. Não podíamos morrer na praia, há que dar tudo também, tínhamos de garantir a 2ª posição na etapa.
Quando cortamos a meta em Whiteswan, quase se foi ao sprint, mas garantimos o lugar. Na cara do Zé estava estampado sofrimento, mais tarde confessou-me que lhe vieram as lágrimas aos olhos de tantas dores…valeu a pena amigo!!!
Apesar de estarmos cansados não havia tempo para grande descanso. Comemos uma frutinha na chegada, fomos logo de seguida lavar as bikes, aproveitamos para lavar logo as sapatilhas porque iam ser necessárias no dia seguinte. Depois há que levar os sacos para a tenda (pesados que se fartam), beber o recuperador, tomar banho e descansar 5min. Depois lavar a roupa e procurar um sitio para a estender. Neste campo havia muitas soluções, desde estar no chão até pendurada nas árvores ou até mesmo nem a lavar e usa-la amanhã! O cansaço é tanto que esta solução compreende-se. Optamos por a colocar no estendal montado pelo Crazy Lary (vejam a foto), felizmente que deu uns raios de sol ao final do dia porque durante a quase toda a etapa foi sempre a chover. Entretanto o Zé foi descansar, porque não aguentava das pernas enquanto eu limpei, lubrifiquei e afinei as duas bikes. No final disto as pernas até tremiam de tanto estar de pé.
Ainda consegui arranjar uns minutos para a bicicleta do João César que também precisou de uma ‘’atenção’’. Ele merecia, o Team Arruda estava de parabéns, tinham terminado em 5º na categoria de 80+ (soma das idades dar mais de 80 anos). Como se diz por cá…So far so good…Parabéns AMIGOS!
A caravana parou no meio do nada, numa clareira com uma vista privilegiada para o Gordan Peak e para o magistral Lago do Cisne Branco (Whiteswan). Que lugar mágico e belo!
Em provas deste calibre exige uma redobrada (aliás triplicada) atenção na escolha de roupa. Há quem opte por levar 7 mudas de roupa para ter sempre uma preparada todos os dias. A lista vai desde os tradicionais calções e Jersey aos manguitos, pernitos, impermeável, casaco térmico, calças…tudo o que possam imaginar aqui poderá ser necessário. Nisto o precioso apoio da ONDABIKE foi essencial para enfrentarmos a dureza da prova e espalharmos a impressão de Pro Riders. Infelizmente não o somos, mas frequentemente temos que dizer isso quer atletas quer aos espectadores e staff. NÃO SOMOS PRÓS, MAS ANDAMOS COMO TAL J (Como dizem o pessoal da RMB)
A etapa de amanhã levamos de Whiteswan a Elkford num total de 87.5km e 2254m de acumulado de subidas. Elkford -"Wilderness capital of British Columbia", fundada por mineiros que exploravam (e exploram) o carvão. Finalmente vamos ver civilização, upiiiiii J
PS: Estou a escrever este relato de ontem quando já terminei a etapa de hoje. Vocês preparem-se porque vem aí coisas bombásticas!"
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Transrockies – João Marinho & José Silva – Dia 3
"Team Amarante Bike Zone ONBIKE
Distância: 44.1km
Acumulado de Subidas: 1129m
Acumulado de Descidas: 1129m
Classificação: 2º - 2:52:46s
Para começar uma pequena comparação, o Transrockies e os ovos Kinder têm em comum, é que há sempre uma surpresa.
A etapa de hoje tinha ‘’apenas’’ 44 km em que 90% destes eram em singletracks. Em condições normais ‘’despachava-se’’ depressa, errado!!! A chuva durante a manhã tornou os trilhos num desafio às qualidades técnicas dos atletas. A mistura de lama, raízes, areia, madeira com água foi explosiva.
A nossa partida foi dada para as 13:04:00s, exactamente 4min depois da equipa da Rocky Mountain, os actuais líderes da prova. A vontade de pedalar era tanta que ao final de 150m dei uma valente queda logo na primeira descida, felizmente sem consequências e ninguém viu, excepto o meu parceiro J
Depressa ficamos cobertos de lama, de pouco serviu o impermeável, os manguitos e pernitos que levamos. O pior seria para a máquina, as velocidades não entravam, os travões não respondiam correctamente, os pedais não encaixavam, os pneus tentavam fazer o seu trabalho…mas mesmo com estas adversidades o divertimento esteve presente, e todos parecíamos putos a brincar na lama.
Ontem falei no João Garcia (Alpinista) e no jeito que eles nos tinha dado para lidar melhor com a escalada, mas hoje algumas das picadas nem ele se safava, era quase necessário um guincho! O conjunto formado pelas nossas sapatilhas (M310) e pedais Shimano (XTR) que apesar de ser excelente, travaram uma dura batalha. O par de pitons na frente são imprescindíveis mas talvez se houvesse mais alguns espalhados pela sola, tal como as chuteiras do futebol fosse uma boa ajuda.
Os trilhos alternavam entre florestas fechadas (onde estávamos sempre à espera de ver algum urso) e entre o serpentear os precipícios ao longo do rio Kootenay, alguns com uns bons 50m de altura. Adrenalina no limite, concentração no limite mas aqui e ali tínhamos de nos ‘’ejectar’’ das bikes porque havia sempre uma raiz mais traiçoeira, ou uma pedra escorregadia. Situações houve em que a diferença entre a patinagem no gelo devia ser mínima. Mas repito, nada disto era significado de sofrimento, o divertimento esteve sempre garantido.
Entretanto a chuva parou, as nuvens levantaram e a vista para as Rocky Mountain é indescritível, simplesmente mágica e será retida na nossa memória por muitos anos.
Os atletas mais ‘’rápidos’’ foram os últimos a entrar nos trilhos enquanto os mais ‘’lentos’’ foram os primeiros e consequência seria o constante ultrapassar de atletas. Cada vez somos mais acarinhados, quer pelos atletas quer pelo público e staff da prova. Toda a gente nos conhece e puxa por nós, mesmo cobertos de lama J
A competição continua, claro que sim! Hoje voltamos a repetir a classificação dos dias anteriores – 2º. Perdermos alguns minutos mas nada de grave, porque ganhamos em divertimento.
Cada vez valorizamos mais os apoios que temos e nesta prova faz toda a diferença ter a melhor material para enfrentar os elementos que aqui encontramos. O apoio da Montycirclemix com a Maxxis e Catlike tem sido uma mais valia. Por um lado os pneus são mesmo do best, aliás é o que a maior parte usa. Por outro os capacetes têm nos safado bem das quedas e são bonitos que se fartam J
A etapa de amanhã tem uns 100km, 50 deles a descer segundo dizem, mas isto de descer cá nos Rockies têm muito que se lhe diga. A ver vamos como corre.
Saudações ‘’enlameadas’’ J
João Marinho & José Silva "
Distância: 44.1km
Acumulado de Subidas: 1129m
Acumulado de Descidas: 1129m
Classificação: 2º - 2:52:46s
Para começar uma pequena comparação, o Transrockies e os ovos Kinder têm em comum, é que há sempre uma surpresa.
A etapa de hoje tinha ‘’apenas’’ 44 km em que 90% destes eram em singletracks. Em condições normais ‘’despachava-se’’ depressa, errado!!! A chuva durante a manhã tornou os trilhos num desafio às qualidades técnicas dos atletas. A mistura de lama, raízes, areia, madeira com água foi explosiva.
A nossa partida foi dada para as 13:04:00s, exactamente 4min depois da equipa da Rocky Mountain, os actuais líderes da prova. A vontade de pedalar era tanta que ao final de 150m dei uma valente queda logo na primeira descida, felizmente sem consequências e ninguém viu, excepto o meu parceiro J
Depressa ficamos cobertos de lama, de pouco serviu o impermeável, os manguitos e pernitos que levamos. O pior seria para a máquina, as velocidades não entravam, os travões não respondiam correctamente, os pedais não encaixavam, os pneus tentavam fazer o seu trabalho…mas mesmo com estas adversidades o divertimento esteve presente, e todos parecíamos putos a brincar na lama.
Ontem falei no João Garcia (Alpinista) e no jeito que eles nos tinha dado para lidar melhor com a escalada, mas hoje algumas das picadas nem ele se safava, era quase necessário um guincho! O conjunto formado pelas nossas sapatilhas (M310) e pedais Shimano (XTR) que apesar de ser excelente, travaram uma dura batalha. O par de pitons na frente são imprescindíveis mas talvez se houvesse mais alguns espalhados pela sola, tal como as chuteiras do futebol fosse uma boa ajuda.
Os trilhos alternavam entre florestas fechadas (onde estávamos sempre à espera de ver algum urso) e entre o serpentear os precipícios ao longo do rio Kootenay, alguns com uns bons 50m de altura. Adrenalina no limite, concentração no limite mas aqui e ali tínhamos de nos ‘’ejectar’’ das bikes porque havia sempre uma raiz mais traiçoeira, ou uma pedra escorregadia. Situações houve em que a diferença entre a patinagem no gelo devia ser mínima. Mas repito, nada disto era significado de sofrimento, o divertimento esteve sempre garantido.
Entretanto a chuva parou, as nuvens levantaram e a vista para as Rocky Mountain é indescritível, simplesmente mágica e será retida na nossa memória por muitos anos.
Os atletas mais ‘’rápidos’’ foram os últimos a entrar nos trilhos enquanto os mais ‘’lentos’’ foram os primeiros e consequência seria o constante ultrapassar de atletas. Cada vez somos mais acarinhados, quer pelos atletas quer pelo público e staff da prova. Toda a gente nos conhece e puxa por nós, mesmo cobertos de lama J
A competição continua, claro que sim! Hoje voltamos a repetir a classificação dos dias anteriores – 2º. Perdermos alguns minutos mas nada de grave, porque ganhamos em divertimento.
Cada vez valorizamos mais os apoios que temos e nesta prova faz toda a diferença ter a melhor material para enfrentar os elementos que aqui encontramos. O apoio da Montycirclemix com a Maxxis e Catlike tem sido uma mais valia. Por um lado os pneus são mesmo do best, aliás é o que a maior parte usa. Por outro os capacetes têm nos safado bem das quedas e são bonitos que se fartam J
A etapa de amanhã tem uns 100km, 50 deles a descer segundo dizem, mas isto de descer cá nos Rockies têm muito que se lhe diga. A ver vamos como corre.
Saudações ‘’enlameadas’’ J
João Marinho & José Silva "
Transrockies – João Marinho & José Silva – Dia 2
"Team Amarante Bike Zone ONBIKE
Distância: 72.2km
Acumulado de Subidas: 2835m
Acumulado de Descidas: 2650m
Classificação: 2º - 4:55:37s
É difícil descrever a etapa de hoje…talvez o pior que alguma vez fiz, conseguiu bater a primeira etapa da La Ruta de Los Conquistadores na Costa Rica em 2006. A etapa que organização fez questão de lembrar que mudaria para sempre as nossas vidas e que jamais nos iríamos esquecer dela. Nós que pensávamos que já tínhamos visto de tudo e que nos consideramos ‘’à vontade’’ em trilhos técnicos.
Vamos por partes…
Foi a primeira noite passada na tenda e já deu para tirar algumas ilações, a temperatura durante a noite baixou de forma drástica e acordamos várias vezes com frio mesmo com um saco cama que já havíamos utilizado noutras situações e que nunca nos tinha deixado ficar mal.
No vídeo que a organização passou no jantar o ‘’Portugal Team’’ teve direito a várias passagens o que juntamente com a nossa classificação nos tornou ‘’famosos’’. O resultado disto era que à partida do Rancho K2 toda gente nos cumprimentava e nos desejava boa sorte.
Os primeiros kms foram serenos, formou-se um grande grupo porque também a estrada assim o permitia. Chegou a ponto que parecia que estava a gente ainda a dormir. A experiência manda ser ponderado e se isto estava a acontecer era porque a dureza da etapa assim o exigia.
Assim que a primeiras subida surgiu a ‘’amizade’’ desfez-se e depressa se formou um grupo restrito formado pelo Team Amarante Bike Zone ONBIKE, Rocky Mountain Bicycles (RMB), a equipa Checa e lider da Categoria de Masters e os primeiros classificados do TR3 (prova que decorre juntamente com o Transrockies em que os atletas correm a solo).
Quando chegamos ao primeiro abastecimento seguíamos juntamente com a RMB e optamos por parar para encher os bidons enquanto os adversários seguiram o seu caminho mas depressa os voltamos a alcançar. Este pormenor parece pouco importante mas remete-nos para o facto de eles conhecerem os trilhos, de saberem exactamente o está à frente, onde atacar e onde se defender.
Se ontem fizemos a descida mais radical da nossa vida a pé, a correr montanha abaixo por terra solta durante um par de kms, hoje fizemos o oposto. Inicialmente apesar da inclinação ser elevada, nos obrigar a usar a relação 1x1 e controlar muito bem a pedalada porque estávamos em terreno com muita pedra solta. Nesta fase liderávamos a prova com uns 30s de avanço para a RMB até que chegamos a uma PAREDE!!!!! Sim uma PAREDE com as letras todas e mais algumas. Para a ultrapassar fazer uns treinos com o João Garcia (Alpinista) seria uma grande ajuda. Este autêntico massacre prolongou-se por várias centenas de metros, vocês não conseguem imaginar a dureza….Subir por uma (quase) trilho com pedras e vegetação a empurrar a bike ou quando assim o obrigava, a carrega-la às costas foi um verdadeiro teste aos limites de sofrimento.
Neste parte os adversários directos ultrapassaram-nos e impuseram o ritmo deles e gradualmente se afastaram de nós. Infelizmente não fomos capazes de aguentar o ritmo e optamos por fazer alguma gestão de esforço porque não sabíamos até quando isto iria continuar. Quando mergulhamos na floresta em singletrack pensamos então que teria terminado a dureza, mas enganamos redondamente e as partes cicláveis alternavam com trilhos difíceis de subir com a bike à mão.
Isto tinha de terminar, pensamos nós. Tínhamos de conseguir superar a montanha. A recompensa chegou assim que os trilhos permitiam que a bike nos transportasse. Fomos transportados para os nossos sonhos, onde fazíamos trilhos estilo New World Disorder, Kranked ou The Collective (Filmes de Freeride Made In Canadá – British Colômbia) num bosque fechado com curvas em relevés, raízes que nos exigiam a máxima atenção e adrenalina no limite, isto durante vários kms a fio…não há palavras…novamente!
O gozo era tanto que ‘’distrai-me’’ com a alimentação sólida e líquida e só caí em mim quando cheguei ao abastecimento e pensei ‘’pois é, tenho de comer e beber’’. Não é que tenha sido (muito) tarde, mas fez-me passar ali uns minutos em que tive de abrandar o ritmo na última subida.
Considerado pela organização como ‘’The Last Down Hill Section’’ era qualquer coisa de surreal. O Singletrack escavado à mão com uma mistura de raízes, pedras, rios, lama e silos de lama (a minha bike desapareceu), saltos, troncos de madeira, urtigas, etc. foi qualquer coisa de extremo. Montados nas nossas rígidas Scott Scale, que apesar de serem excelentes bicicletas talvez se tivéssemos a opção das Scott Spark a descida seria feita em menos tempo e as costas agradeciam.
Entramos nos últimos 13km que começou com o 3º e último abastecimento e onde ouvimos umas palavras em Português dirigidas pelos voluntários Brazileiros. Daqui até à meta era plano em estradão de terra batida onde chegamos a rolar a velocidades na ordem dos 60km\h.
A meta montada em Nipikita novamente num típico rancho do Canadá e onde chegamos na segunda posição. A posição foi mantida mas a diferença para os lideres se acentuou mas que não nos deixa menos honrados.. Estamos a lutar contra atletas Prós, que já repetiram o TR por várias vezes, conhecem os trilhos melhor que ninguém, com rolote, mecânico, massagista e até nem precisam que lhe lavem a roupa J
Estou a terminar este texto quando começa a cerimónia de entrega de prémios da etapa por isso há que ser rápido porque vamos novamente ao pódio para receber a lembrança directamente pelo Boss da Rocky Mountain Bicycles
Falei nas nossas bicicletas – Scott Scale RC. Tenho de reforçar a ideia que estamos com as nossas bicicletas de sempre, armas fiáveis que nos levam aos limites e nos fazem ultrapassar coisas incríveis como as de hoje. O agradecimento segue para a equipa da Bike Zone em colaboração com Stand Jasma.
A etapa de amanhã será do tipo contra-relógio que ligará Nipika – Nipika num total de 43km e onde já fomos avisados que vai ser servido mais um banquete de Singletracks…que chatice J
Saudações do outro lado do mundo,
João Marinho & José Silva "
Distância: 72.2km
Acumulado de Subidas: 2835m
Acumulado de Descidas: 2650m
Classificação: 2º - 4:55:37s
É difícil descrever a etapa de hoje…talvez o pior que alguma vez fiz, conseguiu bater a primeira etapa da La Ruta de Los Conquistadores na Costa Rica em 2006. A etapa que organização fez questão de lembrar que mudaria para sempre as nossas vidas e que jamais nos iríamos esquecer dela. Nós que pensávamos que já tínhamos visto de tudo e que nos consideramos ‘’à vontade’’ em trilhos técnicos.
Vamos por partes…
Foi a primeira noite passada na tenda e já deu para tirar algumas ilações, a temperatura durante a noite baixou de forma drástica e acordamos várias vezes com frio mesmo com um saco cama que já havíamos utilizado noutras situações e que nunca nos tinha deixado ficar mal.
No vídeo que a organização passou no jantar o ‘’Portugal Team’’ teve direito a várias passagens o que juntamente com a nossa classificação nos tornou ‘’famosos’’. O resultado disto era que à partida do Rancho K2 toda gente nos cumprimentava e nos desejava boa sorte.
Os primeiros kms foram serenos, formou-se um grande grupo porque também a estrada assim o permitia. Chegou a ponto que parecia que estava a gente ainda a dormir. A experiência manda ser ponderado e se isto estava a acontecer era porque a dureza da etapa assim o exigia.
Assim que a primeiras subida surgiu a ‘’amizade’’ desfez-se e depressa se formou um grupo restrito formado pelo Team Amarante Bike Zone ONBIKE, Rocky Mountain Bicycles (RMB), a equipa Checa e lider da Categoria de Masters e os primeiros classificados do TR3 (prova que decorre juntamente com o Transrockies em que os atletas correm a solo).
Quando chegamos ao primeiro abastecimento seguíamos juntamente com a RMB e optamos por parar para encher os bidons enquanto os adversários seguiram o seu caminho mas depressa os voltamos a alcançar. Este pormenor parece pouco importante mas remete-nos para o facto de eles conhecerem os trilhos, de saberem exactamente o está à frente, onde atacar e onde se defender.
Se ontem fizemos a descida mais radical da nossa vida a pé, a correr montanha abaixo por terra solta durante um par de kms, hoje fizemos o oposto. Inicialmente apesar da inclinação ser elevada, nos obrigar a usar a relação 1x1 e controlar muito bem a pedalada porque estávamos em terreno com muita pedra solta. Nesta fase liderávamos a prova com uns 30s de avanço para a RMB até que chegamos a uma PAREDE!!!!! Sim uma PAREDE com as letras todas e mais algumas. Para a ultrapassar fazer uns treinos com o João Garcia (Alpinista) seria uma grande ajuda. Este autêntico massacre prolongou-se por várias centenas de metros, vocês não conseguem imaginar a dureza….Subir por uma (quase) trilho com pedras e vegetação a empurrar a bike ou quando assim o obrigava, a carrega-la às costas foi um verdadeiro teste aos limites de sofrimento.
Neste parte os adversários directos ultrapassaram-nos e impuseram o ritmo deles e gradualmente se afastaram de nós. Infelizmente não fomos capazes de aguentar o ritmo e optamos por fazer alguma gestão de esforço porque não sabíamos até quando isto iria continuar. Quando mergulhamos na floresta em singletrack pensamos então que teria terminado a dureza, mas enganamos redondamente e as partes cicláveis alternavam com trilhos difíceis de subir com a bike à mão.
Isto tinha de terminar, pensamos nós. Tínhamos de conseguir superar a montanha. A recompensa chegou assim que os trilhos permitiam que a bike nos transportasse. Fomos transportados para os nossos sonhos, onde fazíamos trilhos estilo New World Disorder, Kranked ou The Collective (Filmes de Freeride Made In Canadá – British Colômbia) num bosque fechado com curvas em relevés, raízes que nos exigiam a máxima atenção e adrenalina no limite, isto durante vários kms a fio…não há palavras…novamente!
O gozo era tanto que ‘’distrai-me’’ com a alimentação sólida e líquida e só caí em mim quando cheguei ao abastecimento e pensei ‘’pois é, tenho de comer e beber’’. Não é que tenha sido (muito) tarde, mas fez-me passar ali uns minutos em que tive de abrandar o ritmo na última subida.
Considerado pela organização como ‘’The Last Down Hill Section’’ era qualquer coisa de surreal. O Singletrack escavado à mão com uma mistura de raízes, pedras, rios, lama e silos de lama (a minha bike desapareceu), saltos, troncos de madeira, urtigas, etc. foi qualquer coisa de extremo. Montados nas nossas rígidas Scott Scale, que apesar de serem excelentes bicicletas talvez se tivéssemos a opção das Scott Spark a descida seria feita em menos tempo e as costas agradeciam.
Entramos nos últimos 13km que começou com o 3º e último abastecimento e onde ouvimos umas palavras em Português dirigidas pelos voluntários Brazileiros. Daqui até à meta era plano em estradão de terra batida onde chegamos a rolar a velocidades na ordem dos 60km\h.
A meta montada em Nipikita novamente num típico rancho do Canadá e onde chegamos na segunda posição. A posição foi mantida mas a diferença para os lideres se acentuou mas que não nos deixa menos honrados.. Estamos a lutar contra atletas Prós, que já repetiram o TR por várias vezes, conhecem os trilhos melhor que ninguém, com rolote, mecânico, massagista e até nem precisam que lhe lavem a roupa J
Estou a terminar este texto quando começa a cerimónia de entrega de prémios da etapa por isso há que ser rápido porque vamos novamente ao pódio para receber a lembrança directamente pelo Boss da Rocky Mountain Bicycles
Falei nas nossas bicicletas – Scott Scale RC. Tenho de reforçar a ideia que estamos com as nossas bicicletas de sempre, armas fiáveis que nos levam aos limites e nos fazem ultrapassar coisas incríveis como as de hoje. O agradecimento segue para a equipa da Bike Zone em colaboração com Stand Jasma.
A etapa de amanhã será do tipo contra-relógio que ligará Nipika – Nipika num total de 43km e onde já fomos avisados que vai ser servido mais um banquete de Singletracks…que chatice J
Saudações do outro lado do mundo,
João Marinho & José Silva "
Transrockies – João Marinho & José Silva – Dia 1
"Team Amarante Bike Zone ONBIKE
Distancia : 45.3km
Acumulado de Subidas : 2267m
Acumulado de Descidas : 2513m
Classificação : 2º - 2:52:29s
Vou começar pelo fim, pela nossa espectacular classificação!!! Cruzamos a meta em SEGUNDO lugar menos de 1minuto da equipa vencedora da Rocky Mountain Bicycles. Quando o speaker anunciou a nossa prestação nem queríamos acreditar. A emoção transformou-se em sorrisos e num grande abraço ao Zé.
A partida de Panorama correu bem, arrancamos no grupo da frente para tentar evitar toques entre os atletas. Começamos a subir os cerca de 12km que nos levaria dos 1100m até aos quase 2500m num ritmo ‘’calmo’’, esta era só a 1ª etapa por isso há que medir os adversários.
As sensações eram boas, sentia as pernas ‘’soltas’’ não estava a forçar, a minha respiração estava controlada e dei comigo na frente da corrida. O meu parceiro estava pouco atrás de mim e continuei no meu ritmo. Assim que atingimos um pequeno patamar aguardei pelo Zé uns segundos. Esta decisão foi fatal, perdi por momentos o contacto com o grupo da frente e o resultado foi que num desvio fomos pelo trilho errado. Havia umas fitas muito semelhantes às do Transrockies e fizemos uma descida de aproximadamente 1km até decidirmos dar meia volta porque não podíamos descer tanto. Com isto perdemos cerca de 10min. Havia que recuperar o tempo perdido e durante kms fomos passando por equipas mais lentas e subindo na classificação.
Assim que atingimos o topo da montanha, vieram os singletracks…não há palavras para descrever que sentimos. Serpenteando as árvores, com um precipício enorme ao nosso lado e com paisagens de cortar a respiração com as Rocky Mountains como fundo fizemos talvez os melhores trilhos que alguma vez as nossas bicicletas percorreram. O gozo era tremendo, a adrenalina era exponencial mas não havia margem para falhas, uma queda poderia ser catastrófica.
Imaginem agora descer uma montanha a pique por terra solta onde era praticamente impossível descer montado e isto durante uns 2kms, conseguem imaginar? Nem nós imaginávamos que isto seria possível fazer parte de uma prova, mas o Transrockies é considerada a prova a técnica é essencial para obter uma classificação. Parte montado e parte a correr montanha a baixo foi a forma como lidamos com a situação.
No final deste obstáculo voltamos a entrar em Singletrack aberto propositadamente para a prova e aqui o Zé lembrou-se de dar uma valente queda que descreveu como ‘’espectacular’’ e ao que eu respondi, aqui é tudo espectacular, logo as quedas também são. Felizmente não teve consequências para ele nem para a bike.
A descida continuou a velocidades vertiginosas acima dos 80km\h isto em trilhos com pedras e por entre a vegetação. Não há palavras novamente para transmitir o que sentimos.
A meta estava a apenas 15Km há que dar (quase) tudo. Alguns estadões e depressa chegamos ao Rancho K2 onde estava a meta instalada. A nossa chegada foi apoteótica e nem sabíamos bem porquê. Tínhamos recuperado bastante mas nem nos melhores sonhos imaginávamos que éramos a SEGUNDA EQUIPA A CRUZAR A META!!!
Toda a gente a dar-nos os parabéns, a tirar fotos e depressa fomos entrevistados para a TV. A surpresa do dia havia de ser aquela equipa vinda do outro lado do mundo com uns nomes difíceis de pronunciar, com uns equipamentos bonitos e que demonstraram que são capazes de obter uma surpreendente classificação na chegada a Fernie daqui a 6 dias.
De facto isto é só o primeiro dia e ainda há muito para percorrer mas até a ver estamos felizes da forma como representamos Portugal nesta primeira etapa.
Voltando à nossa realidade o dia continua e há que lavar a roupa, as bikes, preparar a tenda entre outras coisas que as equipas com quem estamos a competir directamente se tem de preocupar…mas assim ainda dá mais gozo.
A equipa dos super divertidos Tugas João César e Hélder Carvalho chegou bem e melhores ficaram quando souberam a nossa classificação. Há que continuar assim até Fernie.
A etapa de amanhã irá ligar o Rancho K2 a Nipika num total de 72,2km e 2835m de acumulado de subidas. Será uma etapa mais dura com certeza esperemos que corra assim para a modéstia no mínimo como hoje J
O especial agradecimento de hoje vai directamente para o Gilberto da onebody.eu. Aquelas noitadas valeram a pena, estamos umas verdadeiras máquinas. O agradecimento estende-se ao Pedro da Carbboom porque as máquinas precisam de combustível para debitar watts. Obrigado amigos.
Saudações com muita (muita) emoção
João Marinho & José Silva "
Distancia : 45.3km
Acumulado de Subidas : 2267m
Acumulado de Descidas : 2513m
Classificação : 2º - 2:52:29s
Vou começar pelo fim, pela nossa espectacular classificação!!! Cruzamos a meta em SEGUNDO lugar menos de 1minuto da equipa vencedora da Rocky Mountain Bicycles. Quando o speaker anunciou a nossa prestação nem queríamos acreditar. A emoção transformou-se em sorrisos e num grande abraço ao Zé.
A partida de Panorama correu bem, arrancamos no grupo da frente para tentar evitar toques entre os atletas. Começamos a subir os cerca de 12km que nos levaria dos 1100m até aos quase 2500m num ritmo ‘’calmo’’, esta era só a 1ª etapa por isso há que medir os adversários.
As sensações eram boas, sentia as pernas ‘’soltas’’ não estava a forçar, a minha respiração estava controlada e dei comigo na frente da corrida. O meu parceiro estava pouco atrás de mim e continuei no meu ritmo. Assim que atingimos um pequeno patamar aguardei pelo Zé uns segundos. Esta decisão foi fatal, perdi por momentos o contacto com o grupo da frente e o resultado foi que num desvio fomos pelo trilho errado. Havia umas fitas muito semelhantes às do Transrockies e fizemos uma descida de aproximadamente 1km até decidirmos dar meia volta porque não podíamos descer tanto. Com isto perdemos cerca de 10min. Havia que recuperar o tempo perdido e durante kms fomos passando por equipas mais lentas e subindo na classificação.
Assim que atingimos o topo da montanha, vieram os singletracks…não há palavras para descrever que sentimos. Serpenteando as árvores, com um precipício enorme ao nosso lado e com paisagens de cortar a respiração com as Rocky Mountains como fundo fizemos talvez os melhores trilhos que alguma vez as nossas bicicletas percorreram. O gozo era tremendo, a adrenalina era exponencial mas não havia margem para falhas, uma queda poderia ser catastrófica.
Imaginem agora descer uma montanha a pique por terra solta onde era praticamente impossível descer montado e isto durante uns 2kms, conseguem imaginar? Nem nós imaginávamos que isto seria possível fazer parte de uma prova, mas o Transrockies é considerada a prova a técnica é essencial para obter uma classificação. Parte montado e parte a correr montanha a baixo foi a forma como lidamos com a situação.
No final deste obstáculo voltamos a entrar em Singletrack aberto propositadamente para a prova e aqui o Zé lembrou-se de dar uma valente queda que descreveu como ‘’espectacular’’ e ao que eu respondi, aqui é tudo espectacular, logo as quedas também são. Felizmente não teve consequências para ele nem para a bike.
A descida continuou a velocidades vertiginosas acima dos 80km\h isto em trilhos com pedras e por entre a vegetação. Não há palavras novamente para transmitir o que sentimos.
A meta estava a apenas 15Km há que dar (quase) tudo. Alguns estadões e depressa chegamos ao Rancho K2 onde estava a meta instalada. A nossa chegada foi apoteótica e nem sabíamos bem porquê. Tínhamos recuperado bastante mas nem nos melhores sonhos imaginávamos que éramos a SEGUNDA EQUIPA A CRUZAR A META!!!
Toda a gente a dar-nos os parabéns, a tirar fotos e depressa fomos entrevistados para a TV. A surpresa do dia havia de ser aquela equipa vinda do outro lado do mundo com uns nomes difíceis de pronunciar, com uns equipamentos bonitos e que demonstraram que são capazes de obter uma surpreendente classificação na chegada a Fernie daqui a 6 dias.
De facto isto é só o primeiro dia e ainda há muito para percorrer mas até a ver estamos felizes da forma como representamos Portugal nesta primeira etapa.
Voltando à nossa realidade o dia continua e há que lavar a roupa, as bikes, preparar a tenda entre outras coisas que as equipas com quem estamos a competir directamente se tem de preocupar…mas assim ainda dá mais gozo.
A equipa dos super divertidos Tugas João César e Hélder Carvalho chegou bem e melhores ficaram quando souberam a nossa classificação. Há que continuar assim até Fernie.
A etapa de amanhã irá ligar o Rancho K2 a Nipika num total de 72,2km e 2835m de acumulado de subidas. Será uma etapa mais dura com certeza esperemos que corra assim para a modéstia no mínimo como hoje J
O especial agradecimento de hoje vai directamente para o Gilberto da onebody.eu. Aquelas noitadas valeram a pena, estamos umas verdadeiras máquinas. O agradecimento estende-se ao Pedro da Carbboom porque as máquinas precisam de combustível para debitar watts. Obrigado amigos.
Saudações com muita (muita) emoção
João Marinho & José Silva "
João Marinho & José Silva - Transrockies 09 - Dia 0
"Olá a todos,
As horas aqui voam, os momentos que estamos a viver são únicos e dificilmente vou conseguir transmitir isto em palavras.
Com o voo a partir do Porto, escala em Franckfurt, chegada a Calgary e viagem de 4h de BUS é no minimo uma grande viagem para chegar ao paraiso do BTT.
Até ou momento cada segundo investido nesta viagem está a ser recompensado a peso de ouro com paisagens arrepiantes, pessoas fantasticas, trilhos que nos tiram a respiração, amigos para a vida....momentos simplesmente inesqueciveis.
É estranho que uma pequena Vila Canadiana chamada Panorama seja neste momento o ponto onde todos os BTTistas queriam estar.
Aqui vai começar o Transrockies VIII e nós vamos estar presentes realizando assim um desejo antigo.
A mitica cordilheira montanhasa chamada Rocky Mountains vai ser o palco da prova por etapas mais exigente tecnicamente do mundo. Os trilhos chamados ''singletracks'' são o prato principal onde as pedras, lama, raizes iram ditar quem realmente sabe andar de bicicleta.
Às 11h de cá e às vossas 18h irá ser dado o tiro de partida. Iremos arrancar dos 1100m de altitude e passados apenas 10km estaremos nos 2400m para depois regressar aos 1100m no famoso vale de K2 onde irá terminar a primeira etapa.
Todos as pessoas que nos apoiaram foram sem duvida importantes para estarmos aqui mas o nosso especial agradecimento vai para o Hugo Valente e todo o staff da ONBIKE Portugal porque sem eles nada disto seria possivel...Obrigado amigos.
Para já e se quiserem saber mais vejam o topico que criei a fim de retratar toda esta (e outras) aventuras :
http://www.forumbtt.net/index.php/topic,62891.0.html
Saudações DesportivasJoão Marinho & José Silva"
Com o voo a partir do Porto, escala em Franckfurt, chegada a Calgary e viagem de 4h de BUS é no minimo uma grande viagem para chegar ao paraiso do BTT.
Até ou momento cada segundo investido nesta viagem está a ser recompensado a peso de ouro com paisagens arrepiantes, pessoas fantasticas, trilhos que nos tiram a respiração, amigos para a vida....momentos simplesmente inesqueciveis.
É estranho que uma pequena Vila Canadiana chamada Panorama seja neste momento o ponto onde todos os BTTistas queriam estar.
Aqui vai começar o Transrockies VIII e nós vamos estar presentes realizando assim um desejo antigo.
A mitica cordilheira montanhasa chamada Rocky Mountains vai ser o palco da prova por etapas mais exigente tecnicamente do mundo. Os trilhos chamados ''singletracks'' são o prato principal onde as pedras, lama, raizes iram ditar quem realmente sabe andar de bicicleta.
Às 11h de cá e às vossas 18h irá ser dado o tiro de partida. Iremos arrancar dos 1100m de altitude e passados apenas 10km estaremos nos 2400m para depois regressar aos 1100m no famoso vale de K2 onde irá terminar a primeira etapa.
Todos as pessoas que nos apoiaram foram sem duvida importantes para estarmos aqui mas o nosso especial agradecimento vai para o Hugo Valente e todo o staff da ONBIKE Portugal porque sem eles nada disto seria possivel...Obrigado amigos.
Para já e se quiserem saber mais vejam o topico que criei a fim de retratar toda esta (e outras) aventuras :
http://www.forumbtt.net/index.php/topic,62891.0.html
Saudações DesportivasJoão Marinho & José Silva"
sábado, 8 de agosto de 2009
Proposta da proxima volta
Boas pessoal, deixo aqui a proposta para a próxima volta.
Para quem já fez este track sabe bem o que vai apanhar, serra e muitos single tracks.
Para que nunca a fez, tem aqui uma boa oportunidade.
Cerca de 40 Km's e acumulado de 800 Mts.
Com inicio e fim em Perulhal, perto do Reguengo do Fetal.
Fico a aguardar as vossa opiniões!!!!
1 º PASSEIO BTT – JUVENTUDE 69
1 º PASSEIO BTT – JUVENTUDE 69
(ANDRINOS)
13 SETEMBRO 09
(ANDRINOS)
13 SETEMBRO 09
LOCAL DA PARTIDA – ANDRINOS / LEIRIA (SAIBREIRA)
ABERTURA PARA INCRIÇÕES – 8H00
INICIO DO PASSEIO - 9H00
PERCURSO +/- 30 KM // DIFICULDADE MEDIA
COM REFORÇO ALIMENTAR
USO DE CAPACETE OBRIGATÓRIO
SEM SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS
INSCRIÇÕES: 6 RODAS
em inscricoes.juventude69@gmail.com ou Tlm 966 478 478
(Organização Juventude 69 – Andrinos)
ABERTURA PARA INCRIÇÕES – 8H00
INICIO DO PASSEIO - 9H00
PERCURSO +/- 30 KM // DIFICULDADE MEDIA
COM REFORÇO ALIMENTAR
USO DE CAPACETE OBRIGATÓRIO
SEM SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS
INSCRIÇÕES: 6 RODAS
em inscricoes.juventude69@gmail.com ou Tlm 966 478 478
(Organização Juventude 69 – Andrinos)
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
02.09.2009 - Volta da praia
Saudações amigos leitores...
Domingo, 02 de Agosto... Aí está o verão (será que está?)...
Por volta das 9h lá nos juntámos no ponto de encontro, para mais uma voltinha "tranquila".
Na liderança, como de costume, ia o Rei do GPS - o nosso Pastor...
Deste modo, uma volta "tranquila" transformou-se quase numa volta "à la carte"...
Dados(poucos):
Por fim, gostava de deixar uma palavra de agradecimento e incentivo aos 3 novos elementos que se juntaram e nos fizeram companhia - Luís, Geraldo e Adriano
Esperamos por vocês nas próximas voltas.
Abraço
Domingo, 02 de Agosto... Aí está o verão (será que está?)...
Por volta das 9h lá nos juntámos no ponto de encontro, para mais uma voltinha "tranquila".
Na liderança, como de costume, ia o Rei do GPS - o nosso Pastor...
Deste modo, uma volta "tranquila" transformou-se quase numa volta "à la carte"...
- saímos da Marinha, o azimute era em direcção à praia.
- pedalámos em direcção a Picacinos...
- deixamos o alcatrão e entramos nos matos e estradões.
- eis que o GPS começa a ter algumas falhas... e os caminhos transformaram-se em areal :-)
- passado o primeiro areal... por entre alcatrão e caminho rumámos à Moita, Burinhosa...
- alto... espera..."vamos por aqui" é a frase inspiradora... pimba... mais areia :-)
- de volta aos caminhos praticáveis...
- sempre a rularrrrr, e bem.... (até ultrapassámos um chefe numa mota... pois é!)
- Lá chegámos à praia das Paredes
- altura para o abastecimento
- depois do abastecimento, temos sempre aquela magnifica subida...
- direcção S. Pedro de Moel... caminho - ciclovia
- a partir de S. Pedro é que foi... lá entrámos definitivamente no mato.
- por entre pinheiros, pinhas, e muita caruma lá galgámos uns km até regresso ao alcatrão
- por fim... ja na Marinha, regressámos ao ponto de partida
Dados(poucos):
- 50 km
- 3 h de viagem
Por fim, gostava de deixar uma palavra de agradecimento e incentivo aos 3 novos elementos que se juntaram e nos fizeram companhia - Luís, Geraldo e Adriano
Esperamos por vocês nas próximas voltas.
Abraço
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